sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Like a skyscraper!...

Skyscraper

Skies are crying
I am watching
Catching teardrops in my hands
Only silence as it's ending, like we never had a chance
Do you have to, make me feel like there is nothing left of me?
You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
As the smoke clears
I awaken, and untangle you from me
Would it make you, feel better to watch me while I bleed?
All my windows, still are broken
But I'm standing on my feet
You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Go run, run, run
I'm gonna stay right here
Watch you disappear, yeah
Go run, run, run
Yeah it's a long way down
But I am closer to the clouds up here
You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper, Oh
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!

Demi Lovato


É feia. Mas é realmente uma flor...



A flor e a Náusea

Preso à minha classe e a algumas roupas,

vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Uma flor nasceu na rua!

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
Ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Carlos Drummond de Andrade

A volta dos musicais!


Ola pessoal! O café hoje traz o musical mais importante do século XXI. Alguns afirmam que é Chicago (2002, vencedor do oscar de melhor filme), mas eu discordo. Não tirando o mérito de Chicago, ate porque isto seria um equivoco, já que este também é um bom filme, mas Chicago veio depois dele. O filme é Moulin Rouge, vencedor do Globo de Ouro de melhor filme comédia/músical, indicado ao Oscar de melhor filme, vencedor do Globo de Ouro de melhor atriz comédia/musical e indicado ao oscar de melhor atriz com Nicole Kidman, em ambos.
Não é surpresa que o café é um grande fã de Nicole, estando perplexo ate hoje pelo resultado do oscar 2011, e neste filme ela esta incrível como sempre, mas com um diferencial, ela canta, não só ela, mas todo elenco.
Dançando, cantando e atuando, Moulin Rouge trouxe de volta o cinema musical, sendo indicado a Palma de Ouro de Melhor Filme do Festival de Cannes, feito conseguido pela ultima vez por um musical, em 1979 com o filme "All That Jazz - O show deve continuar". Por trazer o cinema musical de volta, Moulin Rouge esta na historia do cinema, mas o café traz ele aqui não apenas por isso, mas também por ser um filme magnifico, ou seja, não tem apenas algumas canções para divertir, sem ofensas High School Musical.
Moulin Rouge tem uma trama envolvente, incrivel e original, por isso recebe a nota correspondente a sua idade, nota 10, ou melhor, 10,5. Filme magnifico, o café recomenda!

Trailer

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Apagar as pistas de que um dia ali já foi feliz...."

Na carreira

Pintar, vestir
Virar uma aguardente
Para a próxima função
Rezar, cuspir
Surgir repentinamente
Na frente do telão
Mais um dia, mais uma cidade
Pra se apaixonar
Querer casar
Pedir a mão
Saltar, sair
Partir pé ante pé
Antes do povo despertar
Pular, zunir
Como um furtivo amante
Antes do dia clarear
Apagar as pistas de que um dia
Ali já foi feliz
Criar raiz
E se arrancar
Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficar
Toda alma de artista quer partir
Arte de deixar algum lugar
Quando não se tem pra onde ir
Chegar, sorrir
Mentir feito um mascate
Quando desce na estação
Parar, ouvir
Sentir que tatibitati
Que bate o coração
Mais um dia, mais uma cidade
Para enlouquecer
O bem-querer
O turbilhão
Bocas, quantas bocas
A cidade vai abrir
Pruma alma de artista se entregar
Palmas pro artista confundir
Pernas pro artista tropeçar
Voar, fugir
Como o rei dos ciganos
Quando junta os cobres seus
Chorar, ganir
Como o mais pobre dos pobres
Dos pobres dos plebeus
Ir deixando a pele em cada palco
E não olhar pra trás
E nem jamais
Jamais dizer
Adeus

Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Edu Lobo


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dizei-me vós, Senhor Deus...

Era um sonho dantesco...tombadilho
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, levantando às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
chora e dança ali

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, oxossa do monte,
... Adeus, palmeira da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
se é loucura, se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
de tuas vagas, Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
Existe um povo que a bandeira empresta
Pra cobrir tanta infâmia e covardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Poema Navio Negreiro de Castro Alves

"...Sempre os anos entre nós... sempre os anos... sempre... o amor... sempre... as horas..."


Não sei como começar... esse filme me deixou sem palavras, na verdade me deixou aos prantos... Este filme é incrível em todos os aspectos, tanto no enredo, tanto na fotografia, e principalmente nas atuações. Faz tempo que não via um filme em que todos os atores se sobressaíssem, sempre tinha uma pessoa que "carregava" o filme nas costa, em "As horas" isto não acontece. As atuções, tanto de Nicole Kidman, irreconhecivel, e como sempre brilhante, na interpretação de Virginia Woolf, como as atuações de Julianne Moore e Meryl Streep, que estão incriveis. Na minha opinião, esse filme não possui coadjuvantes, pois todas brilham em seu momento, são três grandes atrizes, que unidas a um otimo roteiro e uma otima direção, conseguem criar um dos filmes mais incríveis da historia do cinema. Nota 10, e fica a indicação.




Au Revoir



Quem é vivo sempre aparece...

Olá pessoas!!
Desculpem pelo sumiço, mas o colégio suga todo o meu tempo. Por isso não posto nada durante tanto tempo, mas agora estou de ferias e pretendo voltar a postar com mais frequência. Vou tentar pelo menos... Começando agora.
Um Au Revoir para vocês e até a próxima!!